sexta-feira, abril 30

debaixo do arco íris que coleciona chuva

abriu a porta com a Madame Bovary embaixo do braço. sua constelação de pintas à mostra com o casaco semi aberto. um sorriso. um beijo. depois de dedilhar olhou pra mim. lá em cima tudo ok. parecia tudo bem. mas foi rápido demais. estava tão distante...
- então, esse...ou esse?- apontei para os dois dvds, me enrolando no lençol.
escolheu.
- tá, mas só se você me agarrar durante o filme. - condicionei.
ele riu. Aceitei como um sim, qualquer um aceitaria como um sim.
a leoa recuperou sua cria e tudo está bem na selva (ainda enrolada no lençol).andando até a cobal.embaixo do guarda chuva colorido me deu um estalinho, nem estalo fez.
- então tchau.- se afastou.
(sinto lhe dizer, mocinho, faltou paixão nessa despedida e, sabe, eu PRECISO de paixão)

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