"usavam palavras grandes (ninguém, mundo, sempre) e apertavamse as duas mãos ao mesmo tempo, olhandose nos olhos injetados de fumo e choro e álcool
pois queríamos ser épicos heróicos românticos descabelados suicidas, porque era duro lá fora fingir que éramos pessoas como as outras
e dizer duramente que sim, que não, que tudo isso não é verdade, que todos nós, eu, ela, ele, todos os degraus e todas as sombras e todos os retratos fazemos parte de um sonho sonhado por qualquer outra pessoa que não ela, que não ele, que não eu
o mundo, apesar de redondo, tem muitas esquinas"
terça-feira, maio 25
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