domingo, julho 18
encontre-me ontem
no lixo, dois saquinhos de sopa e uma cartela vazia de remédios. acrescentou bordas mofadas de queijo. de repente, percebeu que não conseguia anotar seus pensamentos e ao mesmo tempo mexer a sopa. escrevia com a colher. e mais de repente ainda, o vento começou a rugir, furioso. obrigando-a a se esconder na branca cozinha com a vermelha penélope e a acinzentada princesa. o monstro parava. e de repente voltava, crescendo, voltando a rugir. pensou que estivesse dormindo. e não apenas dormindo. sonhando. o monstro, não ela. a madeira rangia a fazendo acreditar que algo pisava nos velhos tacos do chão de sua sala. foda-se, decidiu. abriu a porta que se mexia, saiu correndo pela sala e fechou as janelas. chegou a dar uma olhada para as árvores, só para garantir que se divertiam.
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