sábado, março 14

I want you to leave before I finish this butterfly.

Pesa em mim a responsabilidade de pela primeira vez ter de te carregar
Ter de te amar como nunca, envolvê-la e sorrir dizendo:
- Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem.
Não sei fazê-lo, sempre fizeram comigo, para mim, por mim.
Aprendo!
Sozinha, te abraço e sei tudo ao redor, só eu e você.
Só eu sei, e só você sabe que eu sei, que apenas sei.

Nosso amor maior, de veia, de sangue, de mente
Se supera a cada suspiro, a cada dificuldade
Minha companheira de quarto, por que choras?
Reparo em seu vestido e penso:
"Ah...terei que lavá-lo mais uma vez."
Tirar de ti esse sal que lhe cobre toda.
Impedindo-a de me ver.
De olhar para mim e reparar que estou bem aqui.
Do seu lado.
Assim como você esteve do meu tantas vezes antes.

Aprendo sofrendo, você me ensina vivendo.
Vivemos vivendo juntas. Infinitesimalmente juntas.
Sinto vontade de fugir, de correr para bem longe.
Onde eu possa não ouvir sua voz e as mesmas reclamações,
as mesmas exclamações, e depois, os mesmos pedidos de desculpas.
Mas que fazer?
Te amo, e esse amor é uma corrente livre e espontânea,
e por ser espontânea, ela não se quebra,
funciona.
Assim como duas desejamos.

Seguro minhas emoções e lhe peço:
- Vou, porém ficarei.

Um comentário:

João Medeiros disse...

Essa do porém é q fica bonita.