sexta-feira, março 11

INT - CORREDOR - ELA e O VAMPIRO DE DÜSSELDORF

Como previsto. Não tardaria a acontecer. Eles se encontrariam.
Ela saía de uma aula, ele também. Andavam em direções opostas, ainda era cedo. Corredor vazio. Ela sorriu sem mostrar os dentes. Triunfante, seus olhos a entregavam. Ele, sem poder entrar em sala alguma para fugir, percebeu que ela já o encarava. Fez muito bem o olhar de sempre. Sem sorrir nada, as bochechas rosadas, o cabelo indecifrável, olhos pequenos.
Um beijo.

rouch

com fuzis de madeira e chicotes feitos das correias dos ventiladores dos caminhões, eles continuam em movimentos raivosos. a espuma branca escorrendo pelo queixo, depois substituída pelo sangue do cachorro, me afasta.
mas como me afastar se mesmo com a voz em off me sinto tão ali? o único jeito é fechar os olhos, tampar os ouvidos e cantarolar a última música que ouvi antes dos tambores.

(masfecharosolhosécrime)
mas é crime

terça-feira, março 1

vitória, jamais

a gente até esquece
o copo cheio
saliva saliva saliva
de conversa e de beijo
e até de olhar
(lacrimejandolacrimejando)

que se faz com um casal apaixonado?
nada
não se faz absolutamente nada
deixemos que se percam e se
achem nos (en)cantos um
do outro