quinta-feira, julho 31

Primeiro Orgasmo.

O diabo me criou
Das vísceras eu vim e pretendo ficar
Do vinho quero provar
Vou poder dizer que quis me matar

Só tinha vontade de me libertar dessa jaula que me prendia
Dessa dor que me esvazia
A cada segundo do meu tempo de vida
Me deixando completo, com voz de tonto

Reconhecem a sinfonia do meu amor?

Queria um vestido mais colorido
Queria um salto mais alto
E poder olhar do alto
Todo o meu mundo, com um cheiro de imundo

Tudo é podre. Tudo é podre. Tudo é podre.
Menos você.

Em baixo do lençol ela gemia em ré bemol. Ia ficar tudo bem, ia ficar tudo bem.

terça-feira, julho 29

Fuga.

Ela irá te beijar até seus lábios sangrarem
Baby, seus lábios estão pegando fogo

Com minha bicicleta ando pela cidade
Parece tudo calmo
Caos
O aceito, só não sei se ele me aceita

Eles dirão que estamos vivendo toda nossa vida num casulo
Nos privando do mundo e do que ele tem a oferecer
O que ele tem a oferecer?

Morte

Vem, calça a meia. Põe o tênis. Veste a calça. Entra no vestido.
Era pra ser você o terceiro botão com quem eu conversava.
Mas era o quinto, você sempre queria ser o quinto.

thumbsucker.

-how can I be the parent when I'm the kid? - child.

-how can I be the parent when I'm the kid? - parent.

segunda-feira, julho 28

Caminhão de Mudanças.

É bom mudar as coisas de vez em quando.
Mostra que a gente ta vivo, que a gente está em constante mudança, crescendo. Nada mais vivo do que isso. Mudar.

Caixinha de Música.

Jogando paciência sem a mínima paciência
Agora sei como é estar sozinha
Agora sei como é estar cinza

Você olha as coisas em volta
Parece tudo remoto
Nada faz diferença
Nada faz sentido
Por mais que você mereça
Por mais brilhante que seja

A bailarina gira, sua pose não muda
Ela quer ser a mais alta da turma
Mas não percebe que para isso precisa é de novas sapatilhas
E que seus band-aids estão caindo

Banais são os que acreditam
Que mesmo sem o rímel ela consegue conquistar
Com apenas um olhar
O homem de chapéu da primeira fila
Que comeu a própria filha

E na natureza selvagem, ela segue em seu escafandro
Acreditando se libertar
De uma doença que era sonhar
Nada de errado nisso, mas ela não sabe
Que quanto mais se abre, mais se entrega
Pra quem?
Ah, pra quem ta lá
A te esperar.
'If I could wake up in a different place, at a different time, could I wake up as a different person?'

fight club, by chuck palahniuk.

domingo, julho 27

Meu Príncipe Sem o Cavalo.

Não quero um príncipe encantado. Nunca quis. Essa síndrome que todas as mulheres têm, me deixa meio desanimada. Elas chegam aos 40 anos e ainda procuram “o” homem, para casar e viver numa casinha de sapê. Elas com 40 anos se consideram conhecedoras do assunto ‘homem’ e vêm me abraçar e dizer: vai ficar tudo bem, vai ver ele só não era o homem certo.
Ei, quem é você pra me dizer se era ou não? E se um outrem será?
Com tantos fracassos de relacionamentos amorosos que elas passaram, dizem crer em um homem perfeito, a alma gêmea, o príncipe que chegará. Será que são necessários 40 anos para perceber que o Príncipe Encantado com letra maiúscula não chegará? Não é por elas já terem 40, mas por ele não existir.
Não há tal homem nesse mundo que seja Encantado.

Encantado: adj., que tem encantamento; enfeitiçado, enlevado.

Eu, pelo menos, nunca enfeiticei nenhum homem. Nem pretendo.
O homem certo vem sem embalagens, sem ‘como fazer’, sem chocolates, sem rosas, e claro, sem garantia. Ele tem problemas e freqüentemente os demonstra. Por tais motivos, ele não é Encantado, nem encantado. Ele é normal. E a gente os ama por isso. Por serem irresistivelmente normais.
O ‘certo’ não existe. Há aquele que você poderá passar o resto da sua vida ao lado. Mas vai ver, não era ele quem deveria ganhar tal companhia. Vai ver era o Fernando Souto da sexta série, vai ver era o Bernardo Meirelles, drogado e motoqueiro. Vai ver era justamente o qual você mais brigava com.
Que regra é essa de nos casarmos com o que a gente menos briga? Com o que mais nos damos bem? Não necessariamente o amamos mais do que aos outros.
Mulheres, de todas as idades, soltem-se dessa coleira que nos prende ao ‘homem perfeito’ e parem de buscá-lo. Simplesmente vivam em busca da felicidade e não de homem algum. Eles aparecerão, e em conseqüência, a felicidade junto. Mas a tristeza também, não se esqueçam. E quando ela vier, abracem-na.
Quer dizer que ele era normal.

Saudade.

Saudade.
Sentimento sadio, contanto que não seja destrutivo.

Minha saudade é de algo inexistente. Alguém que já se foi, mas que está vivo. E isso dói mais. Saber que nunca terei tal pessoa em meus braços novamente. Não desejo essa nova, quero a antiga. A que realmente estava lá.

Nunca gostei de sentir falta de algo. Ninguém gosta. Era sadio quando a gente brigava e ficava um tempinho sem se ver, pra que quando voltasse, voltasse com tudo. Mas sentir saudade sabendo que aquilo não mais existe, e que não mais merece você, não mais está ali. Isso se torna destrutivo. E nenhum sentimento assim deve ser alimentado.

Acordo querendo dormir mais. O que estava sonhando? Ah... Com ele. Mas ao recordar do sonho, lembro que ele voltava pra mim, mas que não era o que eu queria que fosse. Ele não era quem eu amava. Era essa nova identidade, indivíduo perverso que não encaixa com o que era, literalmente outra pessoa. E não estava gostando daquilo no sonho. Estava pensando em não aceitá-lo de volta. O que eu queria era impossível. Tinha consciência disso. O problema é saber conviver com isso.

Eu não estava conseguindo seguir minha vida sem meu amor. Meu grande amor. Sabia que um dia aquilo acabaria, mas quando? Devia eu, ficar triste durante todo esse tempo? É, devia. Mas era tortura manter alguém, eu, assim. Quando eu achava que estava melhorando, começava a rir mais das coisas, ficar bem comigo mesma, eu piorava tudo de novo. Ficava duas semanas inteiras triste, chorando, sem vontade de sorrir. E agora estava melhor. Achando que tinha acabado, que estava encaminhando para o fim a minha fossa. Engano.

Acordei após o sonho triste, totalmente triste. Lembrando do que era, do que eu sentia falta. Querendo tudo de novo. Se eu pudesse reviver todos os meus dias felizes ao lado dele, poderia morrer tranqüila, sem qualquer outra ambição. Isso parecia muito desespero, mas minha pequena vida de 16 anos e meio se resumiam àqueles momentos de felicidade, pelo menos no meu estado agora. Era como um filme. Inteligência Artificial. Em que no final, o garotinho robô pedia um dia ao lado da mulher que mais amou, sua mãe. E de tanto amor, morreu. Eu queria isso. Mas sabia que seria uma mentira, ele já não me amava. Precisava me libertar daquilo. Daquelas correntes de ferro que nada faziam a não ser me puxar cada vez mais que eu nadava para o fundo.

Impressionante. Era só eu acordar assim que já não tinha vontade de mais nada. Não quero sair de casa.

Agora, saia de casa. E vá viver.
Deixa a saudade pra mais tarde.

beleza comestível

é, agora só se fala disso.
então não vou ficar falando também.
mas vocês já repararam na beleza das couves flores?
elas, antes de ficarem prontas, têm um formato muitofofomeliga
e fazem umas ondinhas ao chegarem nas pontas.

páreo duro com o brócolis.

sábado, julho 26

meet me here.

Usarei esse espaço para nada e para tudo.
Saciarei minha vontade de escrever e porei pra fora tudo o que guardei até agora.
Prometo!


prometo não mais prometer.