segunda-feira, julho 28

Caixinha de Música.

Jogando paciência sem a mínima paciência
Agora sei como é estar sozinha
Agora sei como é estar cinza

Você olha as coisas em volta
Parece tudo remoto
Nada faz diferença
Nada faz sentido
Por mais que você mereça
Por mais brilhante que seja

A bailarina gira, sua pose não muda
Ela quer ser a mais alta da turma
Mas não percebe que para isso precisa é de novas sapatilhas
E que seus band-aids estão caindo

Banais são os que acreditam
Que mesmo sem o rímel ela consegue conquistar
Com apenas um olhar
O homem de chapéu da primeira fila
Que comeu a própria filha

E na natureza selvagem, ela segue em seu escafandro
Acreditando se libertar
De uma doença que era sonhar
Nada de errado nisso, mas ela não sabe
Que quanto mais se abre, mais se entrega
Pra quem?
Ah, pra quem ta lá
A te esperar.

Um comentário:

B. disse...

tem vezes que parece que aquilo foi escrito pra você. esse parece que foi escrito pra mim, de tão verdade que é.