terça-feira, maio 18

"preciso anotar uns pensamentos"

pensou ela.
há muito tempo não sentia o prazer de cortar o papel com a tesoura. seguia com minha de ferro dourada por uma linha infinita azul. os desenhos nela eram ondas que dividiam o rastro de tinta.
automaticamente imagens me saltam da infância.
vejo em minha frente montanhas de papéizinhos picados, uma tesoura na mão, um leve sorriso nos lábios.
tudo isso (eu) poderia ser definido como 'coisas estranhas que crianças sentem ao fazerem coisas estranhas'. mas, de repente, uma imagem mais recente.
- menina, larga essa tesoura, você sempre fica segurando isso.
acho-as elegantes, explico.

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