segunda-feira, fevereiro 2

Minha vida se desfaz em páginas.

Todos os presentes estão preenchidos por certezas e incertezas. Transbordam com suas certezas, fazem um colchão, algo que protege do limo da pedra molhada. Pedra que respira. Como suas incertezas transpiram! O suor é a alma. Alma que todos escolhem adotar. Mas alma não se adota, nem se escolhe. Simplesmente se tem. E com ela se faz, se é.

Meus pés estão frios, tão frios que nem os sorrisos a minha volta conseguem esquentá-los. Gosto de sentir esse frio. Mostra que eles estão vivos, que me levam para todo lugar. Não desejo fogo para aquecê-los. Nem mãos para envolvê-los. Desejo mãos em meus cabelos. Que desenbaracem minhas incertezas. Meus vestidos já se encontram em cabides, porém as incertezas continuam aqui. Certas por serem incertas.