domingo, novembro 30

Sanitário Pessoal.

A fumaça atrapalhou meus olhos
Você provavelmente não podia ver, nem queria
Mas eu estava olhando diretamente pra você

Entrei e fui diretamente ao banheiro
Poesia pelas paredes descascando
Letras e sentimentos caindo aos pedaços
Se despedaçando e se suicidando a cada descarga

Voltando ao seu lado
Fingi ser canhota para encostar meu braço no teu
Fingi ser de limão para tomar do meu

A sonoridade das palavras doía à cabeça
As marcas no braço desapareciam
Mas sua mão pesava ao escrever
Cada letra, cada dor, cada amor

4 comentários:

João Medeiros disse...

A mão pesa quando é verdadeira

Sr. Despedaça Corações disse...

Ao contrário de você, eu não finjo nunca.
E sempre vejo teus olhos através da fumaça.

João Medeiros disse...

q estranho... tou sentindo um padrão

Sr. Despedaça Corações disse...

Um padrão divino